Fascite Plantar

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Fasceíte plantar (português europeu) ou Fascite plantar (português brasileiro) é um distúrbio doloroso comum que afeta o calcanhar e a planta do pé. Trata-se de uma desordem no local de inserção dos ligamentos no osso e se caracteriza pela cicatrização, inflamação ou destruição estrutural da fáscia plantar do pé. É frequentemente causada pela lesão por esforço repetitivo da fáscia plantar, que se intensifica com exercício físico, peso ou idade. Embora originalmente a fascite plantar tenha sido pensada como um processo inflamatório, estudos recentes têm demonstrado alterações estruturais mais condizentes com processos degenerativos.

​A dor característica da fascite plantar é geralmente sentida na parte de trás do calcanhar e é mais intensa durante os primeiros passos do dia. Indivíduos com fascite plantar frequentemente apresentam dificuldade para realizar a dorsiflexão do pé, o movimento de elevar o pé em direção à canela. Esta dificuldade geralmente se deve ao retesamento do músculo da panturrilha ou do tendão de Aquiles, que é conectado à fáscia plantar. A maior parte dos casos de fascite plantar melhora com o tempo e responde bem aos métodos de tratamento conservador.

Tratamento

A maioria dos casos (90%) de fascite plantar é auto-limitada e deve melhorar em um período de seis meses com tratamento conservador. A abordagem conservadora de primeira linha inclui repouso, aquecimento, gelo, exercícios para fortalecer a panturrilha, técnicas de alongamento dos músculos da panturrilha, do tendão de Aquiles e da fáscia plantar, perda de peso em pacientes obesos ou com sobrepeso e anti-inflamatório não esteroidal(AINE), como aspirina ou ibuprofeno.

​A injeção de corticosteroides é utilizada em algumas ocasiões, para casos de fascite plantar refratária a medidas conservadoras. As injeções podem ser uma modalidade efetiva para o alívio da dor a curto prazo, por mais de um mês, mas os estudos falharam em demonstrar o alívio efetivo da dor por mais de três meses. 

Frequentemente, a cirurgia fasciotomia plantar é considerada após a falha do tratamento conservador em resolver o problema após seis meses e é vista como um último recurso. Abordagens minimamente invasivas e endoscópicas da fasciotomia plantar existem, mas requerem um especialista familiarizado com o equipamento utilizado no procedimento. Atualmente, a disponibilidade dessas técnicas cirúrgicas é limitada. 

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